AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

08 junho, 2010

Balanço do 26º CONECEF- COLETIVO BANCÁRIOS DE BASE

Caros/as delegados/as sindicais,


Favor ler e divulgar o seguinte balanço sobre o CONECEF aos colegas do local de trabalho.

Balanço do 26º CONECEF- COLETIVO BANCÁRIOS DE BASE

O resgate da importância do CONECEF, como fórum nacional de debate e deliberação dos trabalhadores da CEF, seu caráter mobilizador e potencializador de forças para a luta por melhores condições de vida e trabalho é a missão principal da nova geração de participantes em conjunto com aqueles que se mantiveram na luta no decorrer dos anos de existência deste congresso.

O balanço que fazemos aqui, enquanto bancários de base participantes do 26º CONECEF é parte desta missão que visa ampliar o debate trazendo de volta à base os temas discutidos, apontando os caminhos da luta e, através de um posicionamento crítico, esclarecendo o conjunto da categoria sobre os desafios que nos são colocados no momento presente.

Nós do coletivo (independente e autônomo) “Bancários de Base”, compondo forças com outras correntes de oposição (Intersindical, MNOB- que abrange o Conlutas e outros coletivos menores, CTB e alguns delegados independentes) fizemos uma atuação conjunta enquanto “frente” para lutarmos por nossas bandeiras históricas e pelos anseios dos empregados da Caixa, o que inclui: suspensão imediata da reestruturação, isonomia de direitos, reposição de perdas salariais, aumento do piso salarial, combate efetivo ao assédio moral, respeito à jornada de seis horas, democratização e autonomia do movimento sindical, entre outras diversas reivindicações de importância essencial para avançarmos na luta pela melhoria das condições de vida e trabalho.

Temos enfrentado uma difícil batalha nos contrapondo, por um lado, ao posicionamento desrespeitoso da direção da CAIXA em relação aos seus trabalhadores, e por outro lado, combatendo uma direção sindical burocratizada, comprometida com interesses escusos aos da categoria e, conseqüentemente, pouco atuante. Apesar da descrença generalizada do conjunto dos trabalhadores em relação ao movimento sindical como um todo e em especial à atual direção do movimento, estendendo-se à uma descrença na efetividade dos fóruns da categoria por ela controlados, o que nos norteou foi a firme convicção da necessidade de resistência e luta para nos contrapormos a tal situação.Apesar de sabermos que atualmente nossas forças estão reduzidas em relação ao aparato sindical e frente a ideologia empresarial e individualista, devemos colocar o contraponto essencial aos métodos e finalidades impostos pela atual direção do sindicato e da empresa. Resistir é uma forma de transformar.

Infelizmente não podemos afirmar que o interesse dos trabalhadores da Caixa prevaleceu nesse congresso. A tentativa de rechaçá-lo foi a tônica que imperou do começo ao fim. Ficou evidenciada a postura de desinteresse dos nossos representantes em empenharem-se na luta, e em possibilitar a maior participação da base nos fóruns dos trabalhadores. As oposições insistentemente lutaram contra a burocracia sindical: tínhamos a clara missão de não legitimarmos um congresso burocratizado e manipulador de idéias e consciências. Para tanto, estivemos presentes para denunciar todas as formas de controle, manobras, posições patronais que prevaleceram em todos os debates.

Nosso sentimento preponderante era de que se fôssemos uma base mais ampla, se não fôssemos “minoritários” (a maioria foi composta por dirigentes, delegados “natos” e uma pequena base manipulada), seríamos vitoriosos, pois aqueles que vivem o cotidiano de trabalho nas agências e departamentos da CEF sabem o que se passa na realidade, o que jamais os faria permitir que o movimento sindical majoritário ditasse regras que, em última instância, convergem com os interesses da direção da Caixa.

Desde o CONECEF do ano passado há uma tentativa de retirada do caráter DELIBERATIVO e VINCULADO À CAMPANHA SALARIAL do nosso congresso, medida que tem sido barrada pelo campo da oposição. Tal retirada de caráter transformaria o congresso em um mero fórum consultivo, anulando qualquer intervenção da base no movimento sindical nacional da CEF. É necessário estarmos sempre atentos para não permitirmos uma medida desta. Outro ataque que sofremos neste 26º CONECEF, foi a ameaça de redução da delegação, que na atual configuração do congresso já é pequena, e por tanto, pouco representativa. Temos que, pelo contrário, aumentar o número de participantes de base e reassumir o protagonismo da nossa organização e luta.

Houve diversas formas de impor o controle por parte dos dirigentes do campo majoritário (articulação bancária- “ARTBAN”) sobre os trabalhadores. Seguranças contratados pela CONTRAF-CUT se posicionavam na entrada da plenária para restringir o acesso dos trabalhadores e inibir nossa livre manifestação.

A figura do “delegado nato”, imposta pelos organizadores do congresso (CONTRAF E FENAE), foi crucial para a manutenção do poder do campo majoritário (ARTBAN). Tal delegado não precisa de votos para se eleger, tem carta branca para participar dos grupos de discussão, inclusive com direito a voz e voto, enfim, são figuras de “sangue azul”, com super poderes, o que os possibilita atrapalhar o debate salutar dos trabalhadores.

Uma das delegações, que representa 80% da base de Santa Catarina, não foi reconhecida pela CONTRAF e foi impedida de participar do congresso, também por conta disso é que se montou o aparato de segurança contra os bancários. No referido Estado (SC) ocorreu um racha que resultou em dois congressos estaduais que conseqüentemente elegeram duas delegações para o congresso nacional. Apenas a delegação de menor representação, correspondente à 20% da base, foi reconhecida e inscrita no congresso. Sem entrar no mérito do que ocorreu entre as duas delegações é importante termos o entendimento claro dos princípios básicos de democracia, que não corresponde simplesmente à “maioria de votos”. Mais sério do que os acontecimentos na base de Santa Catarina foram as manobras feitas pela mesa que, sobrepondo-se ao princípio de autonomia regional e desrespeitando o voto da base, impôs uma deliberação sobre a situação, estabelecendo que metade de cada uma das delegações seria inscrita no congresso. De forma tendenciosa a CONTRAF divulgou que 50% dos delegado se negou a participar do congresso, e que por isso estes foram “omissos” e “antidemocráticos”.

O item da tese da Articulação Bancária que se sobressaltou nos posicionamentos desta corrente foi o intuito de aprovar o apoio dos bancários da CEF à candidatura de Dilma Roussef para a presidência. Não concordamos que o movimento sindical esteja atrelado a partidos e candidaturas políticas. Entendemos como fundamental que o movimento defenda o trabalhador bancário de forma autônoma, sem se atrelar aos interesses de governos e partidos. Isso não significa (como eles querem afirmar) que preferimos um ou outro candidato. Apenas que o foco da nossa luta é, e deve permanecer sendo, as nossas bandeiras históricas e as nossas demandas atuais, em prol de uma real melhoria das condições de trabalho e vida. Nossa atuação no congresso fez com que a ARTBAN retirasse esta proposta. QUEREMOS QUE O MOVIMENTO SINDICAL TRABALHE PELA NOSSA CAMPANHA E NÃO PELA CAMPANHA ELEITORAL. Não abrimos mão do que a CAIXA nos tirou, reduzindo nosso salário pela metade na era FHC só porque é o governo Lula que está no poder. Nem acreditamos no discurso separatista que divide a categoria em duas, afirmando (como presenciamos no congresso) que os “novos” já entraram ganhando pouco e não devem reivindicar reposição de perdas.

O slogan do congresso foi: “Você constrói a Caixa, a Caixa constrói o Brasil”. Na atual situação do bancário da CEF, caberia melhor este outro: “Você constrói a Caixa, a Caixa destrói você”. Isso porque nossas condições de trabalho nos fazem cada vez mais vítimas de doenças físicas e psicológicas.

Mesmo assim resistimos. Já na cerimônia de abertura do Congresso, onde são realizados os ritos “solenes” e meramente formais, para as figuras públicas saírem bem na foto conseguimos nos manifestar. Foi através da entrega do abaixo-assinado contra a reestruturação, com mais de 3000 assinaturas recolhidas apenas na base de São Paulo, que manifestamos nossa indignação. Tal iniciativa partiu da base, e demonstrou que não nos deixamos enganar pelo discurso tão propagado de “responsabilidade social” por parte da empresa, e que somos capazes de nos auto-organizar e combater os ataques da empresa contra nós.

Conseguimos aprovar reivindicações importantes, mas fomos rechaçados em vários pontos “polêmicos”. Nada nos garante que nossas pautas serão encaminhadas. Exemplo disso foi a proposta acatada por consenso no Conecef do ano passado que estabelecia uma AUDITORIA EXTERNA E INDEPENDENTE PARA MENSURAR O REAL IMPACTO DA PARCERIA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, GRUPO “CAIXA SEGUROS” E “FENAE-PAR CORRETORA” NO RESULTADO DA CAIXA. Tal proposta aprovada foi simplesmente IGNORADA pela direção. Tal parceria, de acordo com o DIEESE, tem um impacto insignificante nos resultados da empresa (em torno de 4% da receita) e é, no entanto, a principal motivadora do assédio moral nas agências. Queremos simplesmente que isso seja esclarecido para a categoria, pois a “Caixa Seguros” é uma EMPRESA FRANCESA e nada tem a ver com a missão do banco público, e, no entanto, a venda dos produtos deste grupo nos é duramente imposta.

As entidades (APCEF e SEEB-SP) já divulgaram o conjunto de reivindicações aprovadas no congresso. Recomendamos à todos a leitura e cobrança dos itens, em especial, daqueles que dizem respeito à organização do movimento (já que para encaminhá-los não se necessita de uma aprovação da empresa). De antemão informamos que foi aprovado um calendário de lutas contra a reestruturação e em prol da isonomia de direitos, que deverá iniciar a nossa campanha deste ano. Tal calendário estabelece dia de luta, paralisação, encontros para debater os temas e assembléias para deliberar os rumos da luta. Temos que cobrar que seja cumprido!

Queremos deixar claro que este balanço, feito de forma sucinta, não será o ponto de vista “oficial” das entidades. Trata-se da nossa visão e do nosso sentimento, baseados na vivência que tivemos neste congresso. Não poderemos estender-nos sobre os pormenores que ocorreram e sobre o que está por trás do discurso hegemônico (isto se tornaria cansativo demais). O ideal seria que os colegas pudessem ter suas próprias reflexões e conclusões a partir de suas próprias vivências. Isso implicaria um protagonismo de cada um de nós no movimento sindical. Temos que nos auto-organizar e participar da luta coletiva. O individualismo serve apenas para propagar as formas de dominação da empresa e facilitar a burocratização da direção majoritária do movimento sindical.

Foi uma batalha difícil, mas tivemos uma vitória moral que indica uma futura possibilidade de mudança de qualidade no movimento dos trabalhadores da CEF. Vamos agarrar esta possibilidade!



Coletivo BANCÁRIOS DE BASE(São Paulo/SP).

01 junho, 2010

Abaixo assinado internacional - assine e divulgue

No dia 31 de maio de 2010, mais uma vez o governo israelense, em nome de um cruel bloqueio que mantém contra o povo palestino, desferiu um covarde ataque militar. Desta vez foi contra a "Flotilha da Liberdade", um comboio de 6 navios com cerca de 750 pessoas solidárias de 60 paises, em águas internacionais, que levava ajuda humanitária aos habitantes da Faixa de Gaza, que vivem na mais absoluta pobreza em consequência do bloqueio israelense. Nesse novo ataque, os militares israelenses mataram 9 pacifistas (número divulgado pelo governo israelense, mas há informações extra oficiais que afirmam ter sido pelo menos 26 mortos de diferentes países) e prenderam seiscentos. De ataque em ataque, Israel aumenta a cada dia sua extensa lista de crimes contra a humanidade.

Acesse o abaixo assinado que está no link abaixo e seja mais um a exigir que sejam devidamente punidos os responsáveis por mais esse ato de terror.


http://www.avaaz.org/po/gaza_flotilla/97.php?cl_tta_sign=ade2b8c4c1213b632259c1fdba225b4f