AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

13 outubro, 2011

Hoje (13/10) tem negociação com a FENABAN a partir das 16 horas

NOTA DO MNOB - MOVIMENTO NACIONAL DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA/CSP-CONLUTAS
É hora de fortalecer a greve!

A greve nacional bancária continua forte, chegando ao 17° dia. Na CEF, em SP, 213 agências estão totalmente fechadas, 36 funcionam parcialmente e somente 7 estão abertas. No RJ, 45% do funcionalismo da rede de agências do BB não registraram entrada no ponto eletrônico, contra 40% da greve passada. Nas áreas meio do BB e da CEF, os índices de paralisação são bastante altos. No geral, os dados da CONTRAF/CUT apontam que, no 15° dia da greve, existem 9165 agências fechadas no país.

Finalmente, a FENABAN marcou negociação para esta quinta-feira, às 16 horas. Achamos muito importante ter negociação, mas temos que estar em alerta, pois existe uma grande possibilidade de que, a exemplo do que ocorreu nos últimos anos, o sindicato apóie e defenda em assembleia a aceitação de uma proposta rebaixada, aquém do que podemos conquistar. Temos que reafirmar a decisão tomada pela última assembleia de SP, por iniciativa da oposição: não aceitamos nenhuma proposta que inclua desconto ou compensação dos dias parados. Também não podemos aceitar propostas que estejam abaixo do patamar conquistado no BANPARÁ e BRB.

A defesa do Direito de Greve

Não podemos aceitar que o governo continue atacando o direito à greve. Dilma está tentando impor o desconto dos dias parados, como fez com os colegas dos correios para penalizar todos os que fizeram greve e derrotar todos os trabalhadores do país. A tentativa de disciplinar o movimento grevista tem uma clara intenção: evitar movimentos nos próximos anos e obrigar os trabalhadores a pagar pela crise econômica mundial que ainda nem chegou ao país.

Temos que aumentar a pressão sobre o governo Dilma para que abra negociações específicas no BB e CEF. Os sindicatos da Bahia e de Bauru já aprovaram a publicação em jornais de cartas exigindo que o governo abra estas negociações e também denunciando o ataque ao direito de greve. A assembleia de SP aprovou enviar uma carta à Dilma, mas precisamos exigir que ela seja publicada em um jornal de grande circulação nacional. Independente da negociação com a FENABAN, o comando nacional precisa manter o pedido de audiência com Dilma para deixar claro que não aceitamos o ataque ao direito de greve que o governo tem feito.

Unificar com as demais categorias em luta

Para enfrentar a intransigência do governo, também necessitamos de unidade com outros setores em greve e mobilização. A manifestação convocada pela CONTRAF para esta sexta- feira tem que ser unificada com os funcionários do judiciário federal, que estão em greve, com os controladores de aeroportos, que têm paralisação de 48 horas marcada para o dia 20 e com os petroleiros, que estão em campanha salarial. Não podemos aceitar o que aconteceu na última terça, quando mais de mil trabalhadores do judiciário federal fizeram um protesto na paulista enquanto os bancários faziam um ato isolado na Praça Patriarca com apenas 200 pessoas.

Participe das atividades para fortalecer a greve

Quinta-feira é um dia muito importante, pois teremos negociação. É fundamental que os colegas, além de permanecerem em greve, participem das atividades que puderem. Os piquetes no BB e na CEF são muito importantes. Estaremos a partir das 6 horas da manhã nos Complexos São João e Verbo Divino do BB e às 7 horas da manha nos prédios da compe do BB (Via Mariana) e da CEF da Joaquim Eugênio, próximo a paulista. A partir desses locais, vamos organizar outras atividades em prédios e agências próximas. Na quinta, às 15 horas, teremos reunião da oposição na sede da CONLUTAS /SP, na Rua Praça Padre Manuel da Nobrega, n° 16, 4° andar.

Todos à assembleia!

Há mais de uma semana não temos assembleia para avaliar e definir os rumos do movimento. Depois de perder a votação na última assembleia, a opção da diretoria do sindicato foi a de não convocar mais nenhuma até que tenhamos uma proposta dos banqueiros. Isso é muito ruim, pois enfraquece nosso movimento.

Provavelmente, teremos assembleia na sexta feira para deliberar sobre a proposta da negociação. Nos últimos anos, o sindicato tem feito um operativo com a direção dos bancos públicos: quando querem acabar com a greve, convocam assembleias para as 19 horas e os bancos convocam os administradores para comparecerem e votarem pela aceitação de acordos rebaixados, pondo fim a greve. Precisamos convocar os colegas a comparecerem à assembleia, pois não podemos deixar que quem defina a aceitação ou não da proposta seja quem não fez greve.

Greve dos Correios

Na 3ª feira, no 28º dia de greve, houve o julgamento do dissídio coletivo da greve dos trabalhadores dos Correios. Foi concedido apenas o índice de inflação (6,78%). A greve não foi considerada abusiva, mas foi determinado o desconto de 7 dias e a compensação dos outros 21 dias. O TST também aprovou os R$ 80,00 de valor fixo no salário a partir de 1º de outubro (na conciliação seria a partir de 1º de janeiro de 2012). Foi aprovado ainda o vale extra de R$ 575 para dezembro, vale-alimentação de R$ 25 e vale-cesta de R$ 140. Após o julgamento das reivindicações, foi determinada a volta ao trabalho à 0h de quinta-feira, dia 13.

Segundo Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, membro da Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FNTC), oposição à maioria da Fentect, que acompanhou o julgamento em Brasília. ”O sentimento da base da categoria é de muita revolta”, diz. Foi a primeira vez na história que a ECT determina o corte nos salários de grevistas. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou a comparar na imprensa a greve com férias.

Porém a categoria não sai desmoralizada porque foi a força de greve que conquistou para o mísero salário base de R$ 807,00 a reposição de R$ 80,00, que significa 10%.Após as primeiras semanas de forte paralisação, o governo já aceitava conceder aumento real, mas só após 2012. Agora, mesmo a determinação rebaixada do TST já contempla reposição já. ”Foi a força do movimento que arrancou o aumento já”, explica, Geraldinho.

O segundo grande momento dessa greve foi a verdadeira rebelião de base que atropelou a direção majoritária da Fentect (PT e PCdoB) em todo o país. No dia 4 de outubro, a maioria do Comando Nacional de Greve havia firmado acordo com a direção da empresa durante audiência de conciliação no TST que abria mão dos dias parados. Apesar de a Fentect orientar a aprovação da proposta nas assembléias do dia seguinte, todos os 35 sindicatos que compõem a Federação rejeitaram por unanimidade o acordo.

A direções dos sindicato não foram capaz de realizar asssembleias representativas para debater a decisão do TST. Em SP foi realizada uma assembleia no feriado onde os trabalhadores somente foram informados que deveriam retornar ao trabalho e no Rio o sindicato simplesmente desmarcou a assembleia e comunicou que a greve estava encerrada.
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REUNIÃO OPOSIÇÃO BANCÁRIA - SÃO PAULO

5ª feira – 13/10/11 - 15h - Sede CSP/Conlutas

Pça Manoel da Nóbrega, 16 – 4º and. – Sé – Perto do Pátio do Colégio.

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Objetivo: avaliar situação da greve dos bancários; o resultado dos Correios; a política do governo Dilma e a continuidade do movimento.

Ao final deste ponto, vamos discutir sobre os novos movimentos nos EUA (Ocupe Wall Street), Espanha (Indignados), Grécia e mundo Árabe.

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